Oito em cada dez brasileiros apoiam a conservação e colocam-se contra a desflorestação sem controlo do Cerrado, um dos maiores biomas brasileiros e um dos mais ricos do planeta
Oito em cada dez brasileiros apoiam a conservação e colocam-se contra a desflorestação sem controlo do Cerrado, um dos maiores biomas brasileiros e um dos mais ricos do planeta«as chuvas que voltaram ao centro-oeste começam a devolver o verde ao Cerrado, apagando as marcas de mais uma temporada de incêndios, porém, «a precária situação da segunda maior formação vegetal da américa do Sul não é mais ignorada pela população, adianta a rede WWF Brasil, no seu site.
Um inquérito realizado no Brasil indica que oito em cada dez cidadãos apoiam a conservação e colocam-se contra a desflorestação sem controlo no Cerrado, um dos maiores biomas do país e um dos mais ricos do planeta. No âmbito desse estudo, foram entrevistados dois mil brasileiros a partir dos 16 anos idade, de 141 municípios.

Em 50 anos, metade da vegetação original do Cerrado foi destruída e menos de três por cento da sua área está protegida. «O Cerrado ainda é ignorado pelas políticas oficiais de conservação, todas muito lentas quando o assunto é ampliar a sua área protegida e regular o avanço da fronteira agropecuária, afirma Michael Becker, coordenador do Programa Cerrado Pantanal da rede WWF-Brasil.

a investigação revela ainda que a amazónia, a Mata atlântica, o Pantanal e o Cerrado são os biomas mais reconhecidas pelos brasileiros, no que respeita à variedade de animais e plantas, tamanho, capacidade de fornecer água e ar puro, mas também em relação ao seu potencial económico. Quanto mais mediático for um bioma, maior é a percepção pública sobre sua importância e vulnerabilidade, lembra a organização. Nesse sentido, a amazónia e a Mata atlântica foram os mais lembrados pela população.

«Está claro que uma presença mais forte do Cerrado no dia-a-dia dos brasileiros, revelando os seus valores, biodiversidade e paisagens distintas, é essencial para que a população possa reconhecer a sua importância e apoiar a sua conservação, considera Michael Becker.