Na última conferência do VIII Fórum das Vocações que decorreu em Fátima, Juan Carlos Martos debruçou-se sobre a proposta vocacional e as perguntas fundamentais: o quê, quem, a quem, quando, como e depois
Na última conferência do VIII Fórum das Vocações que decorreu em Fátima, Juan Carlos Martos debruçou-se sobre a proposta vocacional e as perguntas fundamentais: o quê, quem, a quem, quando, como e depois a proposta vocacional é uma acção pastoral que induz uma pessoa, de forma directa e explícita, a escutar e acolher com disponibilidade a chamada do Senhor para uma vocação específica. Esta deve ser muito breve e mais afectiva do que racional. «Quem a faz?. Na resposta a esta primeira pergunta, o sacerdote claretiano destacou três agentes inter-relacionados: o Espírito Santo, o actor vocacional e a pessoa. Tomar consciência de que o Espírito Santo do Senhor actua sobre nós é muito importante, realçou.

a proposta vocacional é feita a todos, especificou. Há no entanto «signos imediatos e «signos predisponentes a ter em atenção, num rapaz ou numa rapariga. Entre outras coisas, o perito em Teologia referiu a fé cristã, a idoneidade, a abertura ao mistério e a identidade da vocação. Em relação ao «quando, apontou para o final da adolescência. Neste âmbito, é necessário ter em conta as condicionantes pessoais, as situações especiais, os momentos fortes) como as jornadas da juventude, por exemplo) e as actividades vocacionais.

a proposta deve ser feita de forma clara, sendo necessário depois atender à reacção, que pode ser de vários géneros: aceitação, rejeição, adiamento. Os critérios a seguir são a liberdade, a sinceridade e o compromisso. Juan Carlos Martos referiu-se ainda o acompanhamento vocacional como «um ministério difícil e muito sacrificado. Segundo o mesmo pressupõe uma relação de ajuda que deve ser assimétrica, singular, temporal e instrumental. O objectivo é ajudar a pessoa a «discernir, sendo o diálogo um dos instrumentos de que dispõe.
No fim da sua exposição, o orador apontou: É preciso «investir no futuro e para tal «cuidar muito mais da pastoral vocacional.

Conclusão
O bispo de aveiro, antónio Francisco dos Santos, encerrou os trabalhos do VIII Fórum das vocações. Concluiu com uma síntese das ideias chaves lançadas por Juan Carlos Martos. Sublinhou algumas expressões: «Nós não estamos em tempo de optimismos fáceis mas em tempo de confiança confirmada e de esperança consolidada; «vivemos um momento para investir no futuro que é um desafio ao trabalho. Não olhar para o passado mas sim «olhar em frente e «ter a coragem de ver mais longe, sublinhou. Por fim lembrou: «O Senhor continua a convidar-nos a não temer e a confiar Nele. Ele está connosco.