a Igreja Católica considera que a obra «O último Segredo» de José Rodrigues dos Santos «não é verdadeira literatura»
a Igreja Católica considera que a obra «O último Segredo» de José Rodrigues dos Santos «não é verdadeira literatura»O Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura (SNPC) considera que a última obra do jornalista da RTP é uma «imitação requentada, superficial e maçuda [de outras obras] e divulga uma nota em que pretende esclarecer «alguns pontos de arbitrariedade em que o dito romance incorre. aliás, «o que José Rodrigues dos Santos faz é agredir a inteligência para que triunfe o pastiche.

Para o SNPC, José Rodrigues dos Santos propõe-se, «com grande estrondo, arrombar uma porta que há muito está aberta em relação à formação da Bíblia e ao debate em torno aos manuscritos. No que diz respeito ao antigo Testamento, o autor recorre a uma tradução. E «a quantidade de incorrecções produzidas em apenas três linhas, que o autor dedica a falar da tradução que usa, são esclarecedoras quanto à indigência do seu estado de arte. Confunde datas e factos, promete o que não tem, fala do que não sabe, defende o Secretariado. Consulte a interpretação da Bíblia na Igreja.

Este organismo ligado à Conferência Episcopal Portuguesa lamenta que José Rodrigues dos Santos «interrogue (e se interrogue) tão pouco. Num comunicado publicado no seu site, o SNPC entende que o livro «O Último Segredo é «bastante penoso e desinteressante. Sem discutir a qualidade literária da obra, este organismo critica o «tom de intolerância desabrida da obra e o facto de José Rodrigues dos Santos adoptar «uma tese radical, claramente ideológica, longe de ser reconhecida credível, a do teólogo norte-americano Bart D. Ehrman.

ao jornal Público, o jornalista e autor reagiu às críticas da Igreja católica com um parágrafo. Considera que «não é contestado um único facto que apresentei em O Último Segredo sobre a vida de Jesus. Para José Rodrigues dos Santos «tudo o que no romance escrevi, no que diz respeito a citações bíblicas ou informações históricas ou científicas, é verdadeiro – e a Igreja sabe.