«O Estado tem que proporcionar meios que permitam a livre escolha de cada família, em igualdade de circunstâncias» da educação, defendeu Marcelo Rebelo de Sousa, num debate realizado em Fátima
«O Estado tem que proporcionar meios que permitam a livre escolha de cada família, em igualdade de circunstâncias» da educação, defendeu Marcelo Rebelo de Sousa, num debate realizado em FátimaO professor universitário considera que a escola não estatal «tem futuro, mas «vai ter momentos difíceis. Em tempos de crise, «é tentador para os pais «transferirem os filhos para escolas públicas. O docente e comentador aconselhou as famílias a escolher o que é fundamental para os filhos, a saúde e a educação. E caso seja necessário «cortar em padrões de vestuário e alimentação que em educação.

O comentador político disse que «não vai haver cheque família (apoio financeiro para as famílias), mas há caminhos para facilitar o projecto. aliás – defendeu o professor – «a escola estatal só ganha com a competição com a escola não estatal. Marcelo Rebelo de Sousa sublinhou que os rankings apresentam escolas não estatais nos primeiros lugares, o que «cria uma reacção imediata negativa por parte do Estado.

O ensino estatal «tem vindo a aumentar em quantidade e tem-se mostrado «muito assimétrico, enquanto «a escola não-estatal tem vindo a morrer em quantidade, mas garantindo «padrões de qualidade muito elevados, apontou. as escolas públicas deviam ter um projecto educativo, como as não-estatais, disse o professor.

a opção do futuro da educação em Portugal tem de ser efectuada dentro de dois anos, disse à comunidade educativa do Colégio de São Miguel, numa análise sobre «o lugar e a situação da escola não estatal em Portugal. Marcelo Rebelo de Sousa disse que a posição de Nuno Crato «já é o resultado dos vossos debates e que é a da defesa da liberdade de ensino. Mas «resta saber se é ele quem manda, ou a “máquina” do Ministério da Educação.

O comentador político salientou que, nesta época de crise, há três caminhos alternativos para a educação: Um deles é «porque há falta de dinheiro, haver a ideia de reformar, através da escola não estatal. Parece que este é o caminho do ministro. a outra alternativa é «por falta de dinheiro, tentar mexer na escola estatal e investir nela; e prometer que se alargará, no futuro, à escola não estatal. a terceira via, que é um «falso caminho é «para já resolver os problemas e depois, daqui a dois ou três anos mudar. Mas, «normalmente é o caminho de não fazer nada e de continuar tudo na mesma, referiu o catedrático.

Durante longo tempo, recorreu-se ao «ensino não estatal para tapar buracos. E depois, quando já não é conveniente, esse carinho desaparece. Mas, Fátima – adverte o professor – ganhou uma expressão universal. «Neste tempo de tendencial convergência de freguesias e municípios, não se pode ignorar que há aqui uma realidade distinta, salientou.