antigo superior dos missionários da Consolata defende que o Museu de arte Sacra e Etnologia tem uma finalidade que ultrapassa o conceito de arquivo de antiguidades
antigo superior dos missionários da Consolata defende que o Museu de arte Sacra e Etnologia tem uma finalidade que ultrapassa o conceito de arquivo de antiguidades«Ele (museu) quer pôr a falar, através de algumas colecções de arte Sacra e Etnologia que abrangem um amplo lapso de tempo, a fé e a espiritualidade do povo português que as gerou pelos seus autores artistas, porque evangelizados pelo mais grandioso acontecimento da história da humanidade, escreve Norberto Louro no prefácio do roteiro. O superior provincial e Portugal do Instituto Missionário da Consolata, até Setembro de 2011, lembra que as iniciativas e actividades promovidas pelo Museu de arte Sacra e Etnologia (MaSE) «continuam a desenvolver este diálogo evangelizador intercultural, através da arte.

O missionário da Consolata destaca três grandes campos de actuação do museu da Rede Portuguesa de Museus. através das suas mostras. a primeira é a «Encarnação de Deus no homem visível numa «série rica de esculturas do Menino Jesus e de presépios. Mostra «esse momento transcendental, ao mesmo tempo enternecedor (um Deus feito menino, gracioso, rechonchudo, sorridente, nu); majestoso (esse menino coroado, sentado num trono, empunhando um cetro real) e dramático (o mesmo menino sério e consciente do que o esperava, empunhando a cruz, em vez do ceptro real), escreve.

Norberto Louro refere-se à «Redenção na cruz para apontar as dezenas de crucifixos que «escancaram, em expressões dolentes, a alma do povo e do artista, transtornados mas evangelizados por tão cruel tragédia. Na serenidade do rosto, reconhece-se o rosto ameno do menino do presépio, diz o missionário. Num terceiro momento, «De evangelizados a evangelizadores, o visitante percorre «os caminhos do mundo seguindo o percurso das testemunhas destemidas da ressurreição de Jesus e evangelizadores da sua mensagem. Sobressai, neste itinerário, segundo o antigo provincial «o encontro com novos povos, culturas e raças, iniciado pela alma portuguesa evangelizada e evangelizadora com a descoberta dos novos mundos.