Expulsões forçadas no Zimbabué privaram milhares de crianças de educação, denuncia a amnistia Internacional. Programa do governo, instituído em 2005, afectou 700 mil pessoas; muitas vivem em tendas de plástico
Expulsões forçadas no Zimbabué privaram milhares de crianças de educação, denuncia a amnistia Internacional. Programa do governo, instituído em 2005, afectou 700 mil pessoas; muitas vivem em tendas de plásticoO governo do Zimbabué deve assegurar que as crianças de zonas de habitação, destinadas ao realojamento de pessoas sujeitas a um programa de expulsões forçadas, possam frequentar a escola, defende a organização. Um novo estudo da amnistia Internacional mostra que milhares de crianças e jovens, forçados a abandonar as suas casas, no âmbito da operação «Murambatsvina, tem poucas hipóteses de beneficiarem de uma escolarização adequada.
as zonas de habitação criadas pelo Estado tinham por objectivo oferecer uma melhor vida às vítimas de expulsões forçadas. No entanto, segundo a aI, estão numa situação ainda mais precárias, sendo que a falta de acesso à educação deixa os jovens sem perspectivas de melhora. O facto atentou «gravemente contra a vida e os sonhos de milhares de crianças, defende a organização.

O programa de expulsões forçadas, aplicado pelo governo em 2005, afectou 700 mil pessoas, com a justificação de que viviam em «condições deploráveis. Milhares de crianças tiveram de abandonar a sua escola; alguns estabelecimentos escolares foram destruídos no âmbito do programa. Inúmeras famílias que subsistiam graças a pequenos comércios (que também eles deixaram de existir) ficaram sem meios para poder pagar as despesas relacionadas com a educação. Passados seis anos, grande parte dos que foram realojados estão a viver em tendas de plástico ou outras estruturas improvisadas.