Organizações sociais de 20 países apelam a um maior investimento na educação, na República Dominicana. «Se a economia é um problema global, a educação também é e precisa de uma acção conjunta», considera o coordenador da Fé e alegria
Organizações sociais de 20 países apelam a um maior investimento na educação, na República Dominicana. «Se a economia é um problema global, a educação também é e precisa de uma acção conjunta», considera o coordenador da Fé e alegria a Lei Geral de Educação estipula que a República Dominicana deve gastar 4 por cento do seu Produto Interno Bruto (PIB) na educação. Porém, o país só investe 1,98 por cento no sector. Cerca de 200 organizações sociais de 20 países entregaram um manifesto nas respectivas embaixadas da República Dominicana. Deste modo, mostram apoiar a República Dominicana e instam o governo a respeitar a Lei de Educação.

«as nossas organizações trabalham convencidas da necessidade de maior justiça social e de políticas que apontem para o bem-estar integral da população e que garantam o usufruto dos direitos humanos e das liberdades fundamentais, especialmente, dos meninos, das meninas e dos adolescentes. Daí a importância que tem a educação como via essencial para conseguir o dito bem-estar, ademais do desenvolvimento social, económico e cultural que as nossas acções demandam, lê-se no documento, citado pela agência adital.

Renato Eliseu Costa, coordenador da Fé e alegria (Brasil), considera que a educação necessita de ser encarada não só do ponto de vista local, mas também global. Refere, a título de exemplo, os problemas económicos que a comunicação social apresenta como uma preocupação internacional. «Se a economia é um problema global, a educação também é e precisa de uma acção conjunta, afirma, apontando para a maior visibilidade que se obtém quando há uma mobilização em massa. «É fundamental actuar em redes e mostrar que a demanda não é só local, mas que todo o mundo está olhando para ela [educação], lembra, de acordo com a adital.

Segundo a organização Fé e alegria, que entregou a petição no Brasil, apenas 43 por cento da população dominicana com mais de 20 anos concluiu o ensino médio.comparado com os restantes países da américa latina, o baixo investimento na educação é notável. O país gasta por aluno, em média, 606 dólares no ensino fundamental e 530 dólares no ensino médio. Já os outros países da região atingem os 1. 112 e 1. 117 dólares (um dólar corresponde a 0,74 euros), respectivamente.