Mais de 40 organizações, reunidas em Tóquio pedem uma investigação das Nações Unidas sobre crimes contra a humanidade cometidos na Coreia do Norte. “Seria um gesto de caridade para a população”, declara a Igreja católica
Mais de 40 organizações, reunidas em Tóquio pedem uma investigação das Nações Unidas sobre crimes contra a humanidade cometidos na Coreia do Norte. “Seria um gesto de caridade para a população”, declara a Igreja católicaas mais de 40 organizações de defesa dos direitos humanos e da legalidade, de vários países do mundo, reuniram-se com o objectivo de formar uma frente da sociedade civil e lançar uma campanha para pressionar os Nações Unidas. Segundo a agência Fides, a proposta parte de organizações da Ásia, Europa, américa Latina e américa do Norte, entre as quais está a amnistia Internacional, a Federação Internacional dos Direitos Humanos e muitas outras organizações de inspiração cristã.
as organizações apontam a existência de campos de cativeiro e reeducação, espalhados pela Coreia do Norte, onde estarão presos mais de 200 mil cristãos norte-coreanos, sujeitos a torturas e tratamentos cruéis e desumanos. Várias fontes afirmam que os presos políticos, com as suas famílias, condenados à pena de prisão perpétua, são submetidos a trabalhos forçados e à fome.
O bispo de Cheju e presidente da Conferência Episcopal da Coreia do Sul, Peter Kang, declara-se favorável à iniciativa. a ONU, com a sua autoridade, é o único organismo apropriado para uma tal investigação. Seria um gesto de caridade para com o povo norte-coreano, oprimido por um regime ditatorial e seria a única possibilidade e esperança de vida oferecida a todos aqueles que sofrem e morrem nos campos de concentração no norte. Entre eles há muitos presos por razões de consciência e de religião.
Estamos muito preocupados com as violações dos direitos humanos e os crimes contra o povo norte-coreano, explicou o bispo. Desejamos manter abertos os canais do diálogo e da ajuda humanitária para manter viva a esperança de reconciliação e de ressurgimento da fé cristã no norte. O arcebispo de Kwanju, Iginus Kim Hee-jong, deslocar-se-á à Coreia do Norte, a 21 de Setembro próximo, à frente de uma delegação de sete líderes religiosos, membros da Koeran Conference of Religions for Peace, da qual o arcebispo é presidente, com o objectivo de reabrir uma estrada de diálogo e de paz.