Governos federal de transição da Somália e de várias regiões semi-autónomas estão reunidos em Mogadí­scio, num encontro organizado pelas Nações Unidas, para tentar alcançar um projecto de futuro político para a Somália
Governos federal de transição da Somália e de várias regiões semi-autónomas estão reunidos em Mogadí­scio, num encontro organizado pelas Nações Unidas, para tentar alcançar um projecto de futuro político para a SomáliaChamada Reunião Consultiva sobre o Final da Transição, é a primeira de alto nível na capital, em quatro anos, e pretende criar um roteiro sobre os principais objectivos que devem ser alcançados pelo Executivo e pelas autoridades regionais durante os próximos 12 meses. No primeiro dia da conferência, participaram o presidente do governo federal de transição, Sharif Sheik ahmed, o primeiro-ministro, Mohamed abdullahi Mohamed, o representante especial da ONU para a Somália, augustine Mahiga, e os líderes de regiões como a Puntlândia e Galmudug. a reunião é o nosso futuro. Temos de traçar um roteiro que ponha fim ao período de transição e crie as bases de um governo constitucional para a Somália, disse o primeiro-ministro na abertura do evento.

além do esboço de uma constituição, que deve ser feita nos próximos 12 meses, para concretizar o futuro sistema político, o plano deve prever a realização de eleições para escolher o presidente do país e a garantia de direitos humanos básicos, de acordo com as indicações do representante da ONU para a Somália (UNPOS). Esta tentativa de construir um roteiro inspira-se nos acordos de Kampala, assinados em 9 de Junho pelas autoridades somalis de transição, criadas em 2004. O texto indica que as eleições deverão ter lugar antes de 20 de agosto de 2012.

a conferência, que vai até terça-feira, 6 de Setembro, deverá estabelecer um plano nacional de segurança e estabilização, assim como uma normativa contra a pirataria. O presidente somali especificou que vão ser analisados temas como a melhoria da segurança, a luta contra o terrorismo, a boa governação e a reconciliação. Desde 1991, quando foi derrubado o ditador Mohammed Siad Barre, a Somália enfrenta uma guerra civil permanente e não tem um governo efectivo. actualmente, está nas mãos dos senhores da guerra tribais, milícias islâmicas e grupos de criminosos armados.