Cinco ministros bolivianos e indígenas da amazónia, que se opõem a uma estrada que atravessa uma reserva ecológica, iniciam negociações, ao cabo de duas semanas de conflito, informou o governo de La Paz
Cinco ministros bolivianos e indígenas da amazónia, que se opõem a uma estrada que atravessa uma reserva ecológica, iniciam negociações, ao cabo de duas semanas de conflito, informou o governo de La PazFinalmente, prevaleceu o bom senso. O diálogo está encaminhado, foram esclarecidos muitos elementos, inclusive alguns que inquinavam um diálogo sincero, garantiu um funcionário da presidência da Bolívia, Carlos Romero. Estamos optimistas, tenho esperança, o diálogo está encaminhado. a mesa das negociações, instalada no campus de uma universidade de San Borja, com a presença de centenas de indígenas que caminharam mais de 100 quilómetros rumo a La Paz, conta com a presença de observadores das Nações Unidas e da Defensoria do Povo.

as negociações foram abertas na presença de funcionários do departamento de rodovias, que explicaram as rotas alternativas ao traçado proposto pelo governo. Recorde-se que este traçado atravessaria duas reservas ambientais. apesar do início do diálogo, milhares de indígenas e camponeses afectos ao presidente Evo Morales, realizaram uma manifestação para apoiar a estrada, que ligará a região «cocalera de Villa Tunari, bastião do líder boliviano, a San Ignacio de Moxos.

a estrada é parte da rodovia que ligará os oceanos Pacífico e atlântico, e promoverá o comércio da américa do Sul. O projecto é financiado pelo Brasil, com um custo total de 415 milhões de dólares. Os nativos da região rejeitam que a construção passe pelo Território Indígena e Parque Nacional Isiboro Sécure (TIPNIS), situado no centro do país e rico em flora e fauna, devido ao evidente dano ambiental.