Um ano depois da criação do Fundo Social Solidário, iniciativa da Conferência Episcopal Portuguesa, através da Comissão Episcopal da Pastoral Social, a Cáritas Portuguesa faz o balanço
Um ano depois da criação do Fundo Social Solidário, iniciativa da Conferência Episcopal Portuguesa, através da Comissão Episcopal da Pastoral Social, a Cáritas Portuguesa faz o balançoO Fundo recebeu 742. 119,95 euros, no último ano, e as verbas despendidas, 323. 342,73 euros, destinaram-se, fundamentalmente, à atenuação de necessidades básicas, adianta a Cáritas Portuguesa. assim, a maior fatia da verba, 34,68 por cento, serviu para pagamento de rendas. Outros, não especificados, levaram 31, 94 por cento da verba gasta. Seguem-se os medicamentos (10,55 por cento), o pagamento de água (8,24 por cento) e a criação de emprego (1,45 por cento).

Foram abrangidas 1. 384 famílias (3. 159 pessoas) um número «muito reduzido, salienta Eugénio Fonseca. O presidente da Cáritas Portuguesa lembra que «previa-se que fosse prestada especial atenção às pessoas mais atingidas pela crise actual, devido ao desemprego ou a outras contingências.
Mas a escassez dos recursos financeiros levou a que a actividade do Fundo se caracterizasse «fortemente, pelo aprofundamento e actualização da acção social da Igreja. ainda este ano decorrerá uma «assembleia social, onde estarão representadas as dioceses e as instituições e grupos eclesiais que actuam no domínio social. O objectivo é «melhor clarificação das orientações recomendáveis.

a Cáritas Portuguesa considera que os números mostram que «só a cooperação de todas as entidades públicas e privadas com responsabilidades sociais poderá abranger as situações de maior gravidade. Eugénio Fonseca assinala que é «indispensável um dinamismo solidário nacional permanente a partir da base local (freguesia) até aos centros de decisão política, e vice-versa. O objectivo é «tomar consciência gradual da totalidade dos problemas, bem como das insuficiências de solução, e adoptar as medidas, mais provisórias ou definitivas, que sejam possíveis.

Mas a equipa nacional do Fundo considera que é «indispensável, iniciativas diversas que, «sem serem muito dispendiosas, actuem nas causas dos problemas. Exemplo disso são iniciativas de desenvolvimento local participado, a prospecção de mercados, para o conhecimento de oportunidades de investimento gerador de emprego, e a cooperação pública e privada no escoamento de produções resultantes desses investimentos.
Quem quiser contribuir para a manutenção do Fundo Social Solidário, poderá fazê-lo por depósito na conta número 109 004 0150 (Millenium BCP), NIB 0033 0000 0109 0040 15012; nas caixas Multibanco: Entidade: 22 222, Referência: 222 222 222 ou enviando o donativo para a Sede da Cáritas Portuguesa: Praça Pasteur, n. º 11 – 2. º esq. , 1000 – 238 Lisboa.