Milhares de migrantes da África do Norte continuam a desembarcar na ilha de Lampedusa. Mais de 1. 500 perderam a vida em perigosas travessias marí­timas no Mediterrâneo, este ano, quando tentavam atingir a Europa
Milhares de migrantes da África do Norte continuam a desembarcar na ilha de Lampedusa. Mais de 1. 500 perderam a vida em perigosas travessias marí­timas no Mediterrâneo, este ano, quando tentavam atingir a Europa

Cerca de duas mil pessoas da Líbia e da Tunísia chegaram a Lampedusa, no fim-de-semana passado, informa a agência Panapress, citando informações divulgadas ontem pelo aCNUR (agência das Nações Unidas para os Refugiados). « a maioria dos recém-chegados embarcou em Janzou, a 12 quilómetros a oeste da capital líbia, Tripoli, onde esperaram durante mais de uma semana que o mar se acalmasse para partir, indica a organização, em comunicado. Um grupo de sudaneses, detidos em Tripoli, garantiram terem sido forçados a embarcar.

Cerca de 52 mil pessoas dos dois países da África do Norte chegaram a Itália desde do início da crise, conhecida por «Primavera Árabe. O comunicado do aCNUR adianta que «mais de 1. 500 pessoas perderam a vida ao tentar chegar às costas italianas, às vezes por causa de embarcações inadaptadas à navegação e da ausência de barqueiros a bordo. No início do mês de Junho, cerca de 150 migrantes da Líbia perderam a vida num acidente marítimo, considerado um dos mais graves do Mediterrâneo, este ano.
Segundo a Panapress, a agência da ONU apoia o governo italiano em acções para o repatriamento voluntário e assistência a pessoas que não necessitam de protecção internacional. Realizou-se uma campanha de informação nos campos de refugiados para alertar para os riscos das travessias marítimas efectuadas pelos migrantes.