Não há acordo quanto ao futuro da crise humanitária de Darfur, Sudão. Uma possível intervenção das Nações Unidas, que exige o julgamento dos criminosos, continua em acesa discussão.
Não há acordo quanto ao futuro da crise humanitária de Darfur, Sudão. Uma possível intervenção das Nações Unidas, que exige o julgamento dos criminosos, continua em acesa discussão. O alto-comissário das Nações Unidas (ONU) para os direitos humanos, Louise arbou, pediu ao Conselho de Segurança, a 16 de Fevereiro, que os crimes cometidos na região ocidental sudanesa de Darfur sejam rapidamente julgados pelo Tribunal Penal Internacional. Louise arbou sublinhou aos 15 membros do Conselho de Segurança que sem justiça não há qualquer possibilidade de paz séria e duradoura neste país africano. apesar de vários acordos alcançados, a paz requer a capacidade de fazer justiça.

a decisão de recorrer ao Tribunal Penal Internacional estava já contemplada no relatório da comissão de investigação, que entregou também os nomes de cinquenta de pessoas acusadas de graves violações dos direitos humanos. Washington, por seu lado, defende a criação de um tribunal especial com sede em arusha, Tanzânia. Os Estados Unidos avançam ainda com a hipótese de usar uma força de 10. 000 capacetes azuis e com a aprovação de novas sanções contra os protagonistas da crise de Darfur.

Kofi annan, secretário geral da ONU, reafirmou a necessidade de pôr fim à violência em Darfur. “as Nações Unidas não são capazes de levar a humanidade ao paraíso, mas podem e devem actuar para salvá-la do inferno” disse. E reconheceu que Darfur tornou-se numa realidade muito próxima de um verdadeiro inferno, pelo que é urgente que o Conselho de Segurança actue para “pôr fim à violência e ajudar os mais vulneráveis”.

O presidente do Sudão, Omar Hassan el Beshir, pede à comunidade internacional de não envie forças para o país, uma vez que os dois grupos rebeldes demonstram pouco empenho em encontrar uma solução negociada. Estão à esepera de uma intervenção militar internacional.

a mesma opinião é partilhada pelos chefes de estado africanos que, reunidos em Ndjamena, Chade, pediram à comunidade internacional de não tomar qualquer em acção que possa prejudicar a presente mediação africana.