Ofendida com as declarações do governo americano, a Coreia do Norte suspende colóquios e promete avançar com o seu programa nuclear, invocando razões de defesa da “ideologia, liberdade e democracia”.
Ofendida com as declarações do governo americano, a Coreia do Norte suspende colóquios e promete avançar com o seu programa nuclear, invocando razões de defesa da “ideologia, liberdade e democracia”. a Coreia do Norte avisou que não participará em qualquer colóquio sobre o seu programa nuclear, durante “um tempo indeterminado”, pode ler-se num comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros.

“Não há razão para participar em tais colóquios, uma vez que o governo do presidente americano, George Bush, nos definiu como posto avançado da tirania”, escreve a agência estatal Kcna.
No mesmo texto afirma-se que Pyongyang “produziu armas nucleares para autodefesa e “tomará medidas para reforçar o seu arsenal de armas atómicas”, em vista de “proteger a sua ideologia, liberdade e democracia”. Tais afirmações são entendidas pelos observadores como a admissão mais explí­cita da posse de armas nucleares da parte da Coreia do Norte.

a crise remonta a Outubro de 2002, quando os Estados Unidos anunciaram que Pyongyang admitira que possuí­a um programa nuclear bélico secreto. Em Janeiro do ano seguinte o governo norte-coreano expulsou os inspectores da agência Internacional de Energia atómica (aEIa) e anunciou a sua saída do tratado internacional de não proliferação nuclear. Simultaneamente activou a central atómica de Yongbyon.

Entretanto iniciaram-se colóquios a seis (Rússia, China, Japão, Coreia do Sul, Coreia do Norte e Estados Unidos) para resolver a questão, tendo revelado inconclusivos