26 bispos, dois arcebispos, um cardeal e o núncio apostólico em Portugal concelebraram na ordenação episcopal de Virgílio antunes presidida pelo bispo de Leiria-Fátima, antónio Marto
26 bispos, dois arcebispos, um cardeal e o núncio apostólico em Portugal concelebraram na ordenação episcopal de Virgílio antunes presidida pelo bispo de Leiria-Fátima, antónio Marto a igreja da Santíssima Trindade esteve completamente cheia de fiéis que quiseram participar neste momento. Vários autocarros vieram da diocese a que o novo bispo está destinado, Coimbra. Também o episcopado português esteve presente na primeira ordenação que decorreu na igreja benzida em 12 de Outubro de 2007. O núncio apostólico em Portugal, Rino Passigato, e o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, José Policarpo, foram alguns dos presentes.

O ministério episcopal é um serviço de amor. Só se aceita e exerce por amor e com muita fé e muito amor; e encontra o seu apoio e o seu alimento naquele que é a fonte eterna e inesgotável do amor, que no-lo oferece quotidianamente na Eucaristia, afirmou o bispo de Leiria-Fátima durante a homilia da ordenação episcopal de Virgílio antunes. antónio Marto defendeu que um bispo oferece o coração, a mente, a acção, a paciência e o sofrimento por todos os que lhe são confiados. Ninguém deve nunca sentir-se excluído do coração do bispo.

Neste serviço de amor, o prelado de Leiria-Fátima exortou o novo bispo de Coimbra a ser pastor de modo humano e compreensivo, de coração universal, aberto a todos de dentro e fora da Igreja, santos e pecadores, grandes e pequenos, elevados e humildes, que cultiva o colóquio de coração a coração, de pessoa a pessoa. Durante a homilia o prelado meditou sobre a beleza do ministério episcopal e a responsabilidade que o acompanha à luz da Palavra de Deus e dos símbolos da liturgia da ordenação: Livro da Palavra, báculo pastoral e anel.

O anel recorda que o bispo não está só no seu ministério nem o exerce isoladamente.com ele está a Igreja; e ele está na Igreja ao serviço da comunhão, referiu antónio Marto. Por isso, o bispo não é o tudo de uma diocese. Mas forma um todo com a sua Igreja, com os seus sacerdotes, com a sua comunidade diocesana, assinalou. Um bispo é também criatura da Palavra de Deus, homem da escuta dócil e fiel do Verbo de Deus feito homem. É por isso anunciador da Palavra da Vida enquanto soube percorrer primeiro os caminhos da escuta e do silêncio, considerou o ordenante principal.

O prelado exortou o bispo eleito de Coimbra a ser contemplativo do mistério da intimidade do Deus Santo. a santidade como participação da vida de Deus e reflexo do Seu amor manifestado no rosto de Cristo é o contributo maior dos cristãos à história e à renovação do mundo. ao ser homem da contemplação e da escuta, serás homem da Palavra, evangelizador fiel do teu povo para te tornares palavra generosa e fecunda que bate à porta dos corações de quantos te são confiados. Em especial num tempo carregado de tantos problemas, incertezas, desumanidade e medos, e tão necessitado de uma palavra de luz e de confiança.

antónio Marto guardou uma palavra final da homilia para confiar à fiel mãe (Nossa Senhora) e aos beatos de quem foste fiel devoto, o novo múnus que Virgílio antunes agora inicia. E lembrou as palavras de Nossa Senhora em Fátima: Não tenhas medo, não te deixarei só, o meu Imaculado coração será o teu refúgio.

Uma salva de palmas ecoou pela igreja da Santíssima Trindade no final da homilia. E haveria de voltar a repetir-se quando o novo bispo, acompanhado do bispo de Viana do Castelo, anacleto Oliveira e do bispo emérito de Coimbra, albino Cleto, percorreu a igreja abençoando os fiéis. O novo bispo, 49 anos, depois de dois anos e meio ao serviço enquanto reitor do Santuário e 25 anos ao serviço da Igreja de Leiria-Fátima entra na diocese de Coimbra e toma posse a 10 de Julho, a partir das 16h30, na Sé.