« a Eucaristia é o sacramento da caridade», defendeu o patriarca de Lisboa durante a homilia na Solenidade do santíssimo Corpo e Sangue de Cristo
« a Eucaristia é o sacramento da caridade», defendeu o patriarca de Lisboa durante a homilia na Solenidade do santíssimo Corpo e Sangue de CristoO cardeal patriarca de Lisboa defendeu que esta solenidade segue de perto aquela em que celebrámos o mistério da Santíssima Trindade e da sua relação com a Igreja, abrindo-nos para a dimensão trinitária da Eucaristia. Na homilia do Corpo de Deus, José Policarpo assinalou que a Eucaristia faz-nos sentir a primeira experiência de comunhão de amor, participando na comunhão de amor do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

Defensor que a Eucaristia é o sacramento da caridade, o também presidente da Conferência Episcopal Portuguesa salientou que ela é também fonte desse ardor da caridade que nos leva, no amor de Jesus Cristo e por amor aos homens nossos irmãos, a anunciar Jesus Cristo. Por isso, a evangelização é uma exigência da caridade. Ela é o prolongamento, na missão da Igreja, do amor salvífico de Jesus. É a sua missão que continua e que supõe o mesmo ardor da caridade, acrescentou o cardeal.

a Eucaristia é fonte e vértice de toda a evangelização porque o seu fim é a comunhão dos homens com Cristo e, n’Ele, com o Pai e com o Espírito Santo, disse lembrando palavras do Papa João Paulo II na encíclica sobre a Eucaristia. Na relação adorante com Deus, em união com Cristo, toda a nossa vida ganha sentido, adquire um sentido novo que pode ir até ao dom, dom da própria vida, para que o Reino de Deus aconteça. ao longo da história da Igreja foram muitos os homens e mulheres que ofereceram a sua vida na missão, e essa capacidade de dom receberam-na na Eucaristia, lembrou José Policarpo.

O patriarca considerou que na acção evangelizadora, a vida de quem anuncia deve ter a força de um testemunho, à semelhança de Jesus. Na Eucaristia, a vida do cristão, em união à de Cristo, torna-se testemunho daquilo que anuncia em nome de Cristo e da Igreja, realçou. Ou seja, tornamo-nos testemunhas quando, através das nossas acções, palavras e modo de ser, é Outro quem aparece e Se comunica.