ONU celebra, pela primeira vez, o Dia Internacional das Viúvas, instituído sob proposta do Gabão. Depois de perder o companheiro, milhões de mulheres no mundo encontram-se sós, com os filhos, numa situação de grande angústia
ONU celebra, pela primeira vez, o Dia Internacional das Viúvas, instituído sob proposta do Gabão. Depois de perder o companheiro, milhões de mulheres no mundo encontram-se sós, com os filhos, numa situação de grande angústia a proposta do Gabão foi aprovada unanimemente pela assembleia geral das Nações Unidas em Dezembro de 2010. a jornada tem a finalidade de sensibilizar a opinião pública para obter uma melhor defesa dos direitos das viúvas no mundo. a amplitude do drama vivido pelas viúvas é silencioso e desconhecido. Serão mais de 245 milhões, das quais 100 milhões vivem abaixo do nível da pobreza. Discriminadas, deserdadas, acusadas de bruxaria, expulsas do domicílio conjugal, violadas ou recasadas à força, a sua situação é, muitas vezes, pior que desastrosa. a vulnerabilidade das viúvas é acrescida em países sujeitos a conflitos armados. Dois milhões de viúvas iraquianas e 740 mil afegãs sobrevivem com seus filhos órfãos em condições de grande precariedade. as violências étnicas são mais um factor causador de sofrimentos. Mas nos países sem guerra a sua situação merece igualmente atenção. Nas comunidades hindus, da Índia, por exemplo, 42 milhões de viúvas não têm o direito de voltar a casar. O seu estatuto social atribui-lhes a condição de excluídas e descriminadas. Em África, o Gabão tem o mérito de combater pela mudança de condição das viúvas a Fundação Sílvia Obongo Ondimba tem como objectivo mudar as mentalidades e conseguir que as viúvas sejam melhor protegidas. a primeira vitória de peso foi ter conseguido que o Conselho de Ministros aprovasse uma lei que proíbe que as viúvas sejam expulsas do domicílio conjugal. a Fundação da primeira dama pretende criar um observatório para a defesa dos direitos das viúvas no Gabão.