Mohammed VI, rei de Marrocos, apresentou ao país a nova Constituição.com os poderes do primeiro-ministro reforçados, o texto será submetido a referendo popular, a 1 de Julho próximo. Mas as manifestações de protesto pela falta de democracia não se calam
Mohammed VI, rei de Marrocos, apresentou ao país a nova Constituição.com os poderes do primeiro-ministro reforçados, o texto será submetido a referendo popular, a 1 de Julho próximo. Mas as manifestações de protesto pela falta de democracia não se calamO texto da nova Constituição, apresentado pelo rei de Marrocos a 1 de Junho, prevê maiores poderes para o primeiro-ministro, que passara a poder dissolver a Câmara dos Representantes. a dissolução das duas Câmaras que formam o Parlamento continuará a pertencer ao rei. O partido mais votado nas eleições para a Câmara dos Representantes designará o primeiro-ministro, ao passo que é o rei quem, actualmente, o nomeia.

Pessoa inviolável, o soberano permanece o chefe dos crentes e chefe de Estado. Continuará também a ser o chefe das forças armadas do país. No discurso à nação de apresentação do texto da nova Constituição, Mohammed VI afirmou que, na qualidade de chefe dos crentes garantirá a liberdade de culto religioso em Marrocos. Outro ponto importante da nova Constituição diz respeito à língua oficial do país: ao lado do árabe, a língua berber amazigh, falada pela maioria da população, tornar-se-á língua oficial.

O Movimento 20 de Fevereiro, de jovens e organizações de direitos humanos, que anima os protestos em Marrocos, reagiu criticando a nova Constituição. as propostas de abertura anunciadas não são ainda suficientes para garantir a plena democracia, segundo o Movimento 20 de Fevereiro. Para hoje, 19 de Junho, está marcada uma série de manifestações em todo o país.