O organismo das Nações Unidas para a Infância corrigiu hoje o número de crianças moçambicanas que vivem na rua, de 200 mil para cinco mil, mas assinalou preocupação com este grupo «vulnerável à exploração, prostituição e abuso»
O organismo das Nações Unidas para a Infância corrigiu hoje o número de crianças moçambicanas que vivem na rua, de 200 mil para cinco mil, mas assinalou preocupação com este grupo «vulnerável à exploração, prostituição e abuso»Nós mencionámos que existem 200 mil crianças desacompanhadas em Moçambique. No entanto, existem alguns problemas com a definição deste número. Não é claro o que basicamente significa uma criança desacompanhada. O que podemos dizer com certeza é que há 24. 000 famílias em Moçambique que são chefiadas por crianças e que há pelo menos cinco mil crianças que vivem na rua, indica uma nota hoje enviada à Lusa. Na terça-feira, 14 de Junho, a UNICEF, organismo das Nações Unidas para a Infância, lançou um alerta sobre a situação das crianças que vivem na rua em Moçambique, a propósito do Dia da Criança africana, que se comemora hoje, 16 de Junho, afirmando que em Moçambique viviam 200 mil crianças na rua. O Dia da Criança africana é um dia de celebração do progresso realizado na área do bem-estar infantil e também um momento de reflexão sobre os desafios que ainda existem, refere a UNICEF. as crianças moçambicanas enfrentam muitos desafios, mas o país está a realizar progressos nos direitos das crianças, diz a instituição. Mas sublinha que as crianças que vivem na rua são mais vulneráveis à exploração, prostituição e abuso do que as que vivem com os seus pais ou outros membros da sua família. O Dia da Criança africana é celebrado em memória de milhares de estudantes negros do Soweto, África do Sul, mortos em 16 de Junho de 1976, durante manifestações pacíficas para exigir o direito de uma melhor educação e de aprenderem a língua nativa em vez do Inglês e do afrikaans ensinados nas escolas. Durante a marcha, a polícia sul-africana abriu fogo contra as centenas de crianças do Soweto e nos dias seguintes continuou a reprimir de forma violenta. O dia 16 de Junho passou a ser celebrado anualmente desde 1991.