Passam hoje três meses após o sismo e tsunami, que causaram a morte a mais de 23 mil pessoas, a 11 de Março. Nas ruas de Tóquio, várias pessoas vão protestar contra a utilização de energia nuclear, para que nada seja como antes
Passam hoje três meses após o sismo e tsunami, que causaram a morte a mais de 23 mil pessoas, a 11 de Março. Nas ruas de Tóquio, várias pessoas vão protestar contra a utilização de energia nuclear, para que nada seja como antesUm sismo de magnitude 9,0 graus na escala de Richter, seguido de um tsunami devastaram o nordeste do Japão. Um grave acidente na central nuclear de Fukushima-Daiichi, daí resultante, elevou o nível das radiações no local. Mais de 23. 000 pessoas morreram na sequência do sismo e, passados três meses, cerca de 90. 000 ainda vivem em abrigos. Está prevista para hoje uma visita do primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, ao nordeste do país, gravemente afectado por aquele desastre. Um minuto de silêncio foi previsto para as 14,46 locais, a hora exacta em que a terra tremeu a 11 de Março, em memória das vítimas.

O grave acidente de Fukushima motivou uma reunião das autoridades de regulação de 33 países, em Paris, a 8 de Junho, que pretendem alterar a escala internacional de acidentes nucleares. Os responsáveis comprometeram-se a aplicar nas centrais nucleares que supervisionam os mais altos níveis de segurança e a procurar formas para tornar os novos reactores ainda mais seguros. O director da agência da Energia Nuclear da OCDE, Luís Echávarri, disse em conferência de imprensa que a segurança [das centrais] será melhor que nunca depois de Fukushima. Por seu lado, a ministra francesa do ambiente, Nathalie Kosciusko-Morizet, organizadora do evento, afirmou: Não podemos continuar a pensar da mesma maneira que antes de Fukushima. E advertiu em comunicado: Um desastre numa central nuclear é o suficiente para criar consequências graves e irreversíveis para o ser humano e para o ambiente. a catástrofe japonesa já teve consequências na União Europeia. a 24 de Março, decidiu reavaliar a segurança das suas centrais e “aprender com a experiência e garantir que nada de semelhante venha a acontecer. Todas as 143 centrais nucleares da União poderão começar a ser testadas com novos critérios de resistência, a partir de 1 de Junho. Os testes terão em conta todo o tipo de desastres naturais e também acidentes causados pelo homem, como a queda de um avião ou ataques terroristas. Um relatório final terá de ser apresentado ao Conselho Europeu em Junho de 2012.