Ban Ki-moon pediu coragem à comunidade internacional, para assumir um compromisso de erradicação da SID a nos próximos 10 anos. “Temos a oportunidade de acabar com essa pandemia de uma vez por todas”
Ban Ki-moon pediu coragem à comunidade internacional, para assumir um compromisso de erradicação da SID a nos próximos 10 anos. “Temos a oportunidade de acabar com essa pandemia de uma vez por todas”Está a decorrer, de 8 a 10 de Junho, uma reunião de alto nível sobre a SIDa, na ONU. Na cerimónia de abertura do evento, o secretário-geral afirmou: Há 30 anos, a SID a era aterradora, mortífera e alastrava com rapidez. Hoje temos oportunidade de acabar com essa pandemia de uma vez por todas”. Ban Ki-moon pediu aos Estados membros que cheguem a um compromisso para “acabar com a SID a nesta década”. Entretanto reconheceu que para conseguir este objectivo “é preciso coragem”. E acrescentou: a reunião de hoje [8 de Junho] é um apelo histórico à acção. Podemos ter um mundo livre de sida”, afirmou o secretário-geral, pedindo “uma solidariedade mundial maior do que nunca” e uma redução no custo dos tratamentos.

Ban Ki-moon recordou ainda a primeira cimeira sobre a SID a na assembleia-geral da ONU, em 2001. Nessa ocasião, os líderes mundiais adoptaram uma “declaração histórica” na qual se comprometiam a controlar a epidemia. “Desde então, as infecções diminuíram 20 por cento e mais de 6 milhões de pessoas recebem tratamento”, lembrou o titular das Nações Unidas. Nesta reunião serão analisados os progressos obtidos na última década e programadas as acções para os próximos anos.

É uma grave injustiça mundial que 370 mil recém-nascidos contraiam o vírus, cada ano, nos países subdesenvolvidos, enquanto a transmissão vertical tem sido virtualmente eliminada nas nações industrializadas. Em 30 anos da existência do vírus da SIDa, morreram mais de 25 milhões de pessoas e mais de 60 milhões foram contaminadas. O combate do vírus HIV, juntamente com a malária e outras doenças, é um dos oito Objectivos do Desenvolvimento do Milénio, assumidos pala ONU, até 2015. Embora a taxa de novas infecções tenha descido mais de 20 por cento, ainda existem 34 milhões de pessoas que vivem com o vírus da SIDa.