Chuva de bombas sobre Tripoli em resposta a Mouammar Kaddafi que, no dia do seu aniversário, afirmou que não deixará o poder. China e Rússia dão passos de aproximação ao Conselho Nacional de Transição
Chuva de bombas sobre Tripoli em resposta a Mouammar Kaddafi que, no dia do seu aniversário, afirmou que não deixará o poder. China e Rússia dão passos de aproximação ao Conselho Nacional de TransiçãoNo plano humanitário, a situação do povo líbio deteriora-se de dia para dia. Milhares fogem da violência, atravessando a fronteira para a Tunísia. Desde Fevereiro passado, terão morrido mais de 15 mil pessoas e 890 mil abandonaram o país, segundo números revelados pelas Nações Unidas. O reino do ditador está a encolher-se e o seu isolamento é cada vez maior, registando-se defecções em série no seio do seu governo e dos seus fiéis. a mais recente é do ministro do Trabalho, al amin Manfur, que anunciou em Genebra o seu apoio à rebelião.

a União africana continua os seus esforços de mediação, há várias semanas, para conseguir o entendimento entre as partes. Embora Mouammar Kaddafi aceite a mediação, a rebelião recusa sistematicamente qualquer discussão, antes da saída do dirigente líbio. Entretanto, no dia do seu aniversário, 69 anos a 7 de Junho, Mouammar Kaddafi reafirmou numa mensagem rádio, difundida pela televisão líbia: Não obstante os bombardeamentos, nunca nos submeteremos. Pouco depois desta declaração, chegou a resposta da NaTO. Tripoli foi submetida a um violento bombardeamento, o maior desde o início dos ataques aéreos a 19 de Março passado. Segundo o porta-voz do governo, Moussa Ibrahim, caíram sobre a capital 60 bombas que causaram 31 mortos e dezenas de feridos.

a pressão diplomática é muito forte. Kaddafi deve abandonar o poder e entregá-lo aos líbios, declarou Barack Obama. Já não pode dirigir a Líbia. a sua partida é uma necessidade, afirmou o presidente da Mauritânia, Mohamed Ould abdelaziz. a Rússia e a China já estão a mover-se das suas posições, a favor dos rebeldes do Conselho Nacional de Transição. Pequim tomou a iniciativa de tentar mediar o conflito, enviando um emissário a Benghazi para falar com os rebeldes. Outrora muito próxima de Tripoli, Moscovo declarou, através do seu enviado especial, Mikhail Marguelov, que se encontrou com os rebeldes: Kaddafi perdeu a sua legitimidade desde que a primeria bala matou um inocente”.