a diplomacia sul-africana aponta para o fim dos combates na Líbia. Entre as duas partes, o diálogo deverá tomar o lugar das armas. ” a solução para o problema na Líbia não pode ser militar”, afirma ministra dos Negócios Estrangeiros
a diplomacia sul-africana aponta para o fim dos combates na Líbia. Entre as duas partes, o diálogo deverá tomar o lugar das armas. ” a solução para o problema na Líbia não pode ser militar”, afirma ministra dos Negócios EstrangeirosJacob Zuma acaba de efectuar uma viagem a Tripoli, em 31 de Maio. Um dia depois da visita, a ministra dos Negócios Estrangeiros sul-africana, Maite Nkoana-Mashabane, lança um apelo ao cessar-fogo imediato entre as tropas de Kaddafi e as dos seus opositores. Em acordo com a decisão da União africana sobre a Líbia, reiteramos o nosso apelo para um cessar-fogo imediato e verificável, para encorajar as partes em guerra a encetar o diálogo tendo em vista uma transição democrática, declarou a ministra no parlamento na Cidade do Cabo. Estamos certos que a solução para o problema na Líbia não pode ser militar, mas que deve passar por um diálogo político

Jacob Zuma encontrou-se com Mouammar Kaddafi a quem lembrou o roteiro para a saída da crise líbia traçado pela União africana (Ua). além do cessar-fogo, a solução prevê a paragem dos bombardeamentos da NaTO e a instauração de um período de transição que conduza a eleições democráticas. Segundo o chefe de Estado sul-africano, o seu homólogo líbio declarou-se pronto a aplicar este processo. Porém, os rebeldes líbios já tinham rejeitado esta proposta da Ua, há semanas, porque ela não prevê a saída pura e simples do ditador líbio, que eles reclamam. antes da visita, fontes da presidência sul-africana, que pediram para não ser identificadas, afirmaram que Jacob Zuma desejava debater uma estratégia de saída de Kaddafi.

O líder líbio recusa abandonar o país, segundo um comunicado da presidência sul-africana. Durante o encontro que o presidente Jacob Zuma manteve com Mouammar Kaddafi, na segunda-feira, este reiterou que não está disposto a sair do país, apesar das dificuldades. a visita do mediador da Ua, ocorre num momento em que a NaTO intensifica os bombardeamentos sobre Tripoli com o objectivo de dar um golpe definitivo no regime liderado por Kaddafi, no poder há 42 anos. Jacob Zuma já se tinha deslocado a Tripoli a 10 de abril, com uma delegação de alto nível da U a para negociar uma trégua. a Líbia financiou a luta do Congresso Nacional africano (aNC), o partido de Jacob Zuma, contra o regime de apartheid, que caiu em 1994, e realizou importantes investimentos no país.