Uma estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatí­stica revela que cerca de 16,2 milhões de brasileiros são extremamente pobres, que corresponde a 8,5 por cento do total da população
Uma estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatí­stica revela que cerca de 16,2 milhões de brasileiros são extremamente pobres, que corresponde a 8,5 por cento do total da população a estimativa foi realizada com base nos limites definidos pelo Governo brasileiro para a extrema pobreza, que define como extremamente pobres as famílias cujo rendimento per capita não passe dos 70 reais (30 euros). Esse parâmetro será usado para a elaboração das políticas sociais, como o Plano Brasil sem Miséria, que deve ser lançado, em breve, pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). De acordo com a ministra do MDS, Tereza Campello, o valor é semelhante ao valor utilizado pelas Nações Unidas. Para fazer um levantamento do número de brasileiros em extrema pobreza, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) tomou em consideração outras condições, além do rendimento atrás indicado. Entre outras teve em conta a existência de casas de banho nas residências, o acesso à rede de esgoto e à água e ainda a energia eléctrica. O IBGE também avaliou se os integrantes da família são analfabetos ou idosos.

Dos 16,2 milhões em extrema pobreza, 4,8 milhões não têm nenhum rendimento e 11,4 milhões têm rendimento per capita de 1 real (0,42 euros) a 70 reais (30 euros). No dia-a-dia, os brasileiros convivem e chocam-se com situações resultantes da pobreza, em que uma grande parcela da população do país se encontra. É frequente o relato de professores de escolas de bairros periféricos, onde se verificam altos níveis de desemprego, de desmaios de alunos por falta de alimentação, muitos estudantes frequentam a escola para terem acesso à única refeição do dia.