Cardeal Ângelo amato preside a celebração que junta irmãs e padres da Consolata, reunidos nos seus respectivos Capítulos. O cardeal lê o decreto de Bento XVI, que reconhece as virtudes heróicas da irmã Irene Stefani
Cardeal Ângelo amato preside a celebração que junta irmãs e padres da Consolata, reunidos nos seus respectivos Capítulos. O cardeal lê o decreto de Bento XVI, que reconhece as virtudes heróicas da irmã Irene StefaniO reconhecimento das virtudes heróicas abre caminho para o processo de beatificação da agora venerável serva de Deus, Irene Stefani. Nascida em anfo, norte da Itália, em 1891, a missionária da Consolata foi uma das primeiras religiosas a entrar na congregação, tendo sido recebida pelo próprio fundador, o beato José allamano. Logo após o noviciado, partiu para o Quénia, em 1915, onde se dedicou aos doentes e à formação das jovens quenianas. Faleceu a 31 de Outubro de 1930, com apenas 39 anos, deixando um exemplo de dedicação que lhe rendeu o título de “mãe misericordiosa” – “Nyaatha” na língua kikuyu. acolhia a todos, a qualquer hora do dia ou da noite. Uma força interior impelia-a a ir ao encontro das pessoas mais necessitadas, que tratava com respeito, delicadeza, doçura e afabilidade, sem fazer distinção”, afirmou o postulador da causa de beatificação da irmã Irene Stefani, o missionário da Consolata, Gottardo Pasqualetti. O povo recorda-a como mãe, a boa mãe, aquela que quer bem a todos, a misericórdia personificada: Nyaatha, explicou o sacerdote que recolheu testemunhos de Irene Stefani em Itália e no Quénia.
Dirigindo-se aos missionários e missionárias capitulares, o cardeal ângelo amato destacou uma nova perspectiva da missão hoje. a vossa missão ad gentes, tradicionalmente tem os seus horizontes na Ásia, África e américa. , disse o cardeal. “acredito que deveis cooperar saindo da vossa terra, da vossa vida particular para ir a lugares distantes, desconhecidos. Desejo que os vossos capítulos gerais confirmem essa vocação. Mas acrescentou: Hoje, a vossa missão parte de um aspecto paradoxal. Não são vocês que vão às gentes, mas são as gentes que vem até vocês e pedem hospitalidade. São famílias inteiras que, para sobreviver, se deslocam. Também essa gente deveria ser destinatária do vosso empenho missionário”, sublinhou. Irmã Irene aprendeu a fazer o extraordinário no ordinário e a fazer bem o bem. O seu exemplo e palavras são sinais de fé e esperança em Deus, destacou o cardeal, falando sobre as virtudes da venerável Irene Stefani. a sua caridade heróica fez dela a mãe de misericórdia. Tenham-na sempre presente em vosso meio”, recomendou ângelo amato.
a superiora geral das Missionárias da Consolata, Gabriela Bono, vê no reconhecimento das virtudes da Irmã Irene uma bênção de Deus, que coincide com o encerramento do primeiro centenário da fundação da congregação (1910 – 2010). a notícia é uma bênção no início dos nossos capítulos que, desde o 9 de Maio, reúne todas as nossas missões e seus representantes, um dom jamais imaginado. E sublinhou: Sentimos como um verdadeiro dom de comunhão”. Gabriela Bono lembrou que a irmã Irene, desde o início do caminho de colaboração entre missionários e missionárias, viveu o dom da comunhão. E recordou: É uma mulher entregue totalmente a Deus e por isso, tudo na sua vida foi paixão por Deus e pelo povo que Deus lhe confiou. São essas atitudes que nós, hoje, queremos retomar. Ela, como dom, tornou-se a mãe, o dom feminino em plenitude.como missionária, nunca pensou em si mesma. Soube aproximar-se das pessoas, como queria o Fundador. Irmã Irene soube falar ao coração das pessoas e era reconhecida por isso”, afirmou a superiora geral. Tendo visitado o túmulo da venerável, no Quénia, percebeu que o povo queniano considera Irene como sendo deles: “Irene é nossa, é da nossa terra, diziam. E Gabriela Bono concluiu: Eis o centro da nossa vocação: a doação total a Deus e ao povo”.