Dorothy Parvez, jornalista da agência de notícias al-Jazira, esteve detida durante três dias na Síria. agora em liberdade, revela o que sentiu e viu enquanto esteve na prisão
Dorothy Parvez, jornalista da agência de notícias al-Jazira, esteve detida durante três dias na Síria. agora em liberdade, revela o que sentiu e viu enquanto esteve na prisão a jornalista afirma ter testemunhado torturas selvagens na prisão síria, antes de ter sido transferida para o Irão. Em qualquer hora do dia ou da noite, ouviam-se murros, choros, gritos. Parecia não ter fim, recorda, segundo o jornal Le Monde. Ninguém vestia uniformes, nem tinham um nome, ninguém assumia responsabilidades. Muitos desses homens comportavam-se como bandidos. Dorothy Parvez partilhou a cela com uma adolescente que chorava e gritava, de forma histérica, por estar separada dos pais.

a Síria condenou o facto de a jornalista ter tentado entrar de forma ilegal no seu território: com um passaporte expirado e falsas declarações acerca do motivo da viagem. as autoridades de Damas dirigiram fortes críticas à agência al-Jazira pela cobertura exagerada das revoltas populares que tiveram início, em meados de Março, no país. Segundo as Nações Unidas e organização não governamentais, morreram 800 pessoas e pelo menos oito mil foram detidas.