Há «mais de 4500 feridos e mais de dois mil presos» no ataque ao acampamento de Gdeim Izik por tropas marroquinas, denunciam movimento sariano
Há «mais de 4500 feridos e mais de dois mil presos» no ataque ao acampamento de Gdeim Izik por tropas marroquinas, denunciam movimento sarianoJá há mais de 4500 feridos, mais de dois mil presos e um número ainda incalculável de mortos – os números do massacre aumentam. Este alerta gritado é o título – de um comunicado do autodenominado Ministério dos Territórios Ocupados da República Árabe Sarauí Democrática, publicado esta quinta-feira – dos relatos impressionantes que vão chegando da cidade de El aiun, capital do Sara Ocidental, território ocupado por Marrocos.
Os relatos são confirmados em parte por fontes independentes, mas as autoridades marroquinas têm procurado impedir o acesso de jornalistas e observadores internacionais, o que faz temer pela dimensão das vítimas no ataque ao acampamento de Gdeim Izik por tropas marroquinas.
a Frente Polisário, o movimento independentista, fez saber através daquele comunicado que Exército, Forças auxiliares e polícia continuam a invadir as residências de cidadãos [sarianos]. Há denúncias de tortura de muitos que estiveram detidos – cerca de dois mil presos, uns entretanto libertados – pelas forças policiais, da localização dos centros de tortura em quartéis e prisões, mas também numa escola secundária e num estádio de futebol.
O número de feridos supera os 4500, e segundo a Frente Polisário, muitos dos feridos encontram-se escondidos nas suas casas sem que se possa conhecer a evolução do seu estado. Testemunhas oculares relataram a existência de dezenas de mortos dispersos em redor do acampamento de Gdeim Izik e na zona este da cidad de El aiun. Desaparecidos e mortos por contabilizar completam o quadro.