«O tráfico humano é a escravidão moderna e uma violação dos direitos humanos», lembra a coordenadora da rede de Justiça, Paz e Integridade da Criação. é preciso eliminá-lo
«O tráfico humano é a escravidão moderna e uma violação dos direitos humanos», lembra a coordenadora da rede de Justiça, Paz e Integridade da Criação. é preciso eliminá-lo a cada dois anos, irmãs da congregação do Sagrado Coração de Maria, presentes em diversos países do mundo, reúnem-se para definir temas de trabalho e planear acções da Rede JPIC (Justiça, Paz e Integridade da Criação). O último encontro decorreu em agosto. Um grupo de 13 religiosas, provenientes de 14 nações, reuniram-se em Belo Horizonte, Minas Gerais, no Brasil, para planear as acções de luta contra o tráfico de seres humanos.
antonietta abreu, coordenadora da JPIC, adiantou que as religiosas apresentaram experiências relacionadas com os Oito Objectivos de Desenvolvimento do Milénio e o tráfico de pessoas, sob a perspectiva do género: mulheres e crianças. O tráfico humano é a escravidão moderna e uma violação dos direitos humanos. O nosso compromisso é tentar eliminar o tráfico sob todas as suas formas, declarou a religiosa. Para a responsável, este delito é uma das consequências do capitalismo, já que neste modelo económico tudo é mercadoria, inclusive o ser humano, confessa.
Explicou que todo o esforço das religiosas é baseado em três acções básicas: educação, para sensibilizar e prevenir, oração, como parte da vida, e acção, para o desenvolvimento das actividades. O trabalho em parceria com outras redes somam as nossas energias, às vezes transforma-se em tarefa salvadora para com os mais necessitados e desprovidos que são sempre relegados à margem, particularmente as mulheres e crianças, vítimas da prostituição e do tráfico, inclusive tráfico de órgãos, afirmou.