é preciso investir numa catequese mais prática, ensinar as pessoas a viver como cristãs, considera antónio Couto. O bispo auxiliar de Braga foi um dos oradores do curso de missiologia
é preciso investir numa catequese mais prática, ensinar as pessoas a viver como cristãs, considera antónio Couto. O bispo auxiliar de Braga foi um dos oradores do curso de missiologiaNós precisamos, antes de mais, de ter bons catequistas que é por exemplo o grande investimento no mundo missionário, afirmou o também presidente da Comissão Episcopal das Missões. O padre faz o seu trabalho, mas, perante uma paróquia imensa, sozinho não pode fazer nada se não tiver bons cooperadores. E esses, em muitas das vezes, são os catequistas. Existem grupos de catequese teórica para a transmissão de conteúdos sobre Jesus, a Bíblia, a doutrina da Igreja. Mas, existem também grupos dedicados à prática, atentos às respostas que os formandos vão dando na suas vidas diárias, em relação ao que aprenderam.
Se calhar na nossa catequese ocidental estamos a descurar esta vertente prática, experimental, vivencial, constata antónio Couto. Não ensinamos as pessoas a viver como cristãs. Contudo, não basta transmitir as ideias cristãs. as crianças andam na catequese durante dez anos, fazem a profissão de fé e desaparecem, exemplifica. Quer isto dizer que não lhes tocou a vida e o coração. Temos de os levar até que isso lhes entre no coração e eles sintam a necessidade, eles próprios, de viver daquela maneira [como cristãos] e de contaminar outros nessa vivência, afirmou, salientando que a formação é para todos.
Eu já vi muitos jovens a chorarà saída do hospital pelo queviram e nem pensavam que existisse. Testemunhos marcantes para os maisnovos. as experiências é que mudam a vida. Nós temos que levar a nossa juventude, crianças e mesmo os adultos a experimentar o que é ser cristão, explicou em entrevista à Fátima Missionária. O mesmo acontece com os jovens que partem para um campo missionário durante um mês. Uma iniciativa que, à partida, é uma aventura, um turismo especial, mas que pode transformar-lhes a vidaatravés das vivências que lhes são proporcionadas.
a própria estrutura familiar alterou-se; muitos lares estão destruídos. Onde eu comecei a experimentar o cristianismo foi na minha família: no colo na minha mãe e da minha avó. E naquilo que elas faziam em casa: rezava-se o terço, as expressões religiosas sucessivas; Deus entrava em tudo, recordou. actualmente, essa vertente caiu. Primeiro, quase nenhuma família reza e já não temos quase nenhuma família bem constituída. a informação tem que ser alargada a crianças, jovens, adultos e idosos para que todos consigamos mudar esta sociedade.