Missionários acusam a guerrilha estrangeira, há 15 anos a actuar no país, de se manter para desfrutar ilegalmente os recursos naturais do Congo
Missionários acusam a guerrilha estrangeira, há 15 anos a actuar no país, de se manter para desfrutar ilegalmente os recursos naturais do Congo a guerra que as Forças armadas da República Democrática do Congo travam contra os rebeldes ruandeses não convence mais ninguém por várias razões, lê-se numa nota da Rede pela Paz no Congo, promovida pelos missionários presentes no país. Na região de Beni-Lubero, os ataques contra os rebeldes estrangeiros são conduzidos como se eles vivessem no meio da população congolesa. Os rebeldes são procurados nas casas e nos campos dos autóctones com todas as consequências que isso acarreta: Extorsões, violações, furtos e saques.
Os militares congoleses são enviados para o chamado campo de batalha sem mantimentos, sem alojamento e sem salário suficiente. Deste modo milhares de militares são obrigados a viver à custa das populações já depauperadas por 15 anos de guerra. O problema que se põe é saber qual é o verdadeiro movente das operações militares.
Os rebeldes estrangeiros estão a resistir há 15 anos às duas missões das Nações Unidas (ONU) no país (MONUC e MONUSCO) e aos vários exércitos ruandês, ugandês, sudanês e congolês. Se, por um lado a opção militar não deu qualquer resultado, por outro lado a ONU ainda não se decidiu a sentar à mesa os representantes dos rebeldes para procurar as modalidades que possam conduzir á paz, escrevem os missionários. Pode deduzir-se que não há vontade política de resolver a questão dos grupos armados estrangeiros. Esses são apoiados e utilizados por multinacionais e governos limítrofes para manter a situação de insegurança que permite o desfrutamento dos recursos minerais da República Democrática do Congo e, no futuro, uma eventual divisão do país em pequenos estados.