Perto de 70 por cento dos eleitores votaram a favor da nova Constituição. apesar dos problemas que ela apresentava, não quiseram esperar mais, diz Tobias de Oliveira
Perto de 70 por cento dos eleitores votaram a favor da nova Constituição. apesar dos problemas que ela apresentava, não quiseram esperar mais, diz Tobias de OliveiraO sacerdote a viver no Quénia, agora de férias em Portugal, considera que o sim ao novo texto foi uma decisão sábia dos quenianos: terem aceite a Constituição, apesar das dúvidas que ela criava. No futuro, se necessário, serão efectuadas revisões ou adições, lembra o missionário da Consolata. O referendo realizou-se a 4 de agosto, esta semana.
Certamente significa que o povo estava ansioso por uma nova Constituição, afirma. Os cidadãos queriam mudança e não queriam esperar, mesmo aqueles que tinham dúvidas. Não estavam dispostos a esperar mais anos por outro texto. Espera-se que haja mais paz pois é certamente uma Constituição mais democrática do que a precedente. agora vamos ver como que ela vai ser aplicada.
Há vários aspectos positivos a salientar. Os poderes do presidente foram diminuídos: tinha direitos ditatoriais. Ele podia ditar. agora, está sujeito à assembleia Nacional e ao Senado e portanto não pode fazer bem o que quer. Outro ponto é a chamada devolução. Devolver ao povo aquilo que lhe pertence, inclusive o poder de decisão. Deixou de haver uma estrutura nacional em absoluto para tomar conta de problemas locais. Passar a haver entidades regionais, que permitem a devolução da autoridade às várias zonas do país, aos municípios, aos distritos, explica.