Entrou em vigor, a 1 de agosto, o acordo assinado por 37 países que proí­be o uso, o armazenamento e o transporte das bombas de fragmentação
Entrou em vigor, a 1 de agosto, o acordo assinado por 37 países que proí­be o uso, o armazenamento e o transporte das bombas de fragmentação a Convenção representa um passo significativo no campo do desarmamento e do direito humanitário internacional, lê-se no comunicado da Sala de Imprensa da Santa Sé, por ocasião da entrada em vigor da Convenção contra as munições cluster, isto é, bombas de fragmentação. O comunicado acrescenta que se trata de um resultado notável para um multilateralismo fundado sobre a cooperação construtiva entre actores governamentais e não-governamentais, assim como sobre a relação entre direito humanitário e direitos humanos.
a convenção é uma resposta credível a um problema muito actual, mas ainda por resolver. Trata-se de impedir o recurso muito frequente a uma arma terrivelmente mortífera. O perigo de fazer vítimas e matar pode manter-se activo no terreno durante longo tempo. a nova Convenção garante às vítimas o direito à assistência e oferece um motivo de esperança àqueles que sofreram os efeitos das bombas de fragmentação.
a Santa Sé participou activamente no processo de Oslo, de onde emanou a nova Convenção. Esteve entre os primeiros a propor uma moratória sobre o uso destes engenhos, assim como foi um dos primeiros estados a ratificar a Convenção, convencida que a lógica da paz é mais forte que a lógica da guerra. a entrada em vigor da Convenção deverá conduzir a orientar os recursos naturais e humanos para o desenvolvimento, a justiça e a paz, que são instrumentos eficazes para promover a segurança internacional e uma ordem pacífica internacional. De 9 a 21 de Novembro de 2010 terá lugar em Vientiane, no Laos, a primeira conferência dos Estados signatários da Convenção.
as bombas de fragmentação contêm uma estrutura que, ao abrir-se, liberta um grande número de pequenas bombas, que permanecem nos locais atingidos durante vários anos. Podem explodir a qualquer momento, num raio de 15 metros. Desde 1965, estes engenhos explosivos feriram e mataram mais de cem mil pessoas. Um terço delas eram crianças.