Francisco Moço fez a ceifa, da mesma forma que fora feita em tempos passados. a tradição manteve-se na debulha do cereal efectuada em aljustrel
Francisco Moço fez a ceifa, da mesma forma que fora feita em tempos passados. a tradição manteve-se na debulha do cereal efectuada em aljustrelFoi um movimento fora do vulgar, na eira da casa da vidente Lúcia de Jesus, na última sexta-feira, 30 de Julho: os visitantes do local paravam interessados em ver, tiravam fotografias e apreciavam a tarefa levada a cabo por três homens.
Da Galiza um casal mostrava a sua alegria de ver debulhar o cereal. Dos açores um outro casal relembrava tempos passados e turistas nipónicos mostravam surpresa em relação ao que estavam a ver.
Com movimentos cadenciados, os trabalhadores malhavam o triticale (uma mistura de trigo e centeio) com os moais (ou manguais), do mesmo modo que se fazia antigamente. Para isso utilizaram instrumentos de particulares e alguns pertença do Museu de aljustrel, do Santuário de Fátima.
Esta colheita foi a primeira colhida de um terreno adquirido recentemente pelo Santuário, ali próximo da casa da Lúcia. O cereal servirá agora para dar aos animais, ovelhas, que se encontram ali no Museu de aljustrel.
Mas, o objectivo foi também dar vida à eira no contexto social, explicou Joaquim Isabel, engenheiro responsável, à Fátima Missionária. Uma tradição que gostaria de ver perpetuada ali. No próximo ano, provavelmente, serão plantados chícharos, cultivo este que será sempre feito de modo tradicional, para que a tradição não se perca.