Muitas mulheres, em particular as mais jovens, sofrem de complicações na gravidez que as impede de ter uma vida normal. Muitas desesperam perante olhares depreciativos
Muitas mulheres, em particular as mais jovens, sofrem de complicações na gravidez que as impede de ter uma vida normal. Muitas desesperam perante olhares depreciativosUm relatório da organização de defesa direitos humanos, Human Right Watch, lançado hoje, alerta para os problemas da saúde materna no Quénia. Milhares de mulheres sofrem devido a lesões criadas durante o parto, que poderiam ser facilmente prevenidas ou tratadas. além das dores físicas, as complicações impedem-nas de ter uma vida social normal por provocarem incontinência.
O relatório intitulado, Não estou morta mas não vivo, retrata a dura realidade de inúmeras mães quenianas e aponta algumas causas. Um grande número de mulheres e raparigas vítimas de fístula [lesão] aguentam toda uma vida de vergonha, miséria, violência e pobreza, declara agnes Odhiambo, perita da organização. Muitas não podem trabalhar devido às dores; conviver, viajar é quase impossível.
O Quénia deve respeitar a sua promessa de cuidados de saúde decentes para todos, afirma a mesma responsável. a Human Right Watch aponta para serviços de saúde inadequados e políticas governamentais ineficazes. Dá conta da existência de falhas em cinco domínios do sistema sanitário: educação e informação sobre a saúde reprodutiva e materna; educação sexual nas escolas; acesso aos cuidados de obstetrícia de emergência, orientação e transporte dos pacientes; cuidados na maternidade; reactivação do sistema de saúde.