Bento XVI quer promover uma nova evangelização nos países onde já foi feito o primeiro anuncio da fé, mas que vivem numa progressiva secularização da sociedade
Bento XVI quer promover uma nova evangelização nos países onde já foi feito o primeiro anuncio da fé, mas que vivem numa progressiva secularização da sociedadeTambém o homem do terceiro milénio deseja uma vida autêntica e plena, precisa de verdade, de liberdade profunda, de amor gratuito, afirmou o Pontífice, durante as primeiras Vésperas da solenidade dos apóstolos Pedro e Paulo. Nos desertos do mundo secularizado, acrescentou, o homem tem sede de Deus.
Na homilia da celebração em que participou uma delegação do Patriarcado ecuménico de Constantinopla, o Papa analisou a vocação missionária da Igreja. Bento XVI lembra que em algumas regiões do mundo ainda se espera o primeiro anúncio. Noutros locais receberam-no, mas precisam de um trabalho mais aprofundado.
E ainda há regiões onde o Evangelho lançou raízes desde há muito tempo, dando lugar a uma tradição cristã, mas onde nos últimos séculos – com dinâmicas complexas – o processo de secularização produziu uma grave crise do sentido da fé cristã e da pertença à Igreja. Para combater este esquecimento de Deus, numa sociedade secularizada, o Papa criou um novo organismo, um Conselho Pontifício para promover uma renovada evangelização. Um desafio que interpela a Igreja – salienta o sucessor de Pedro – e pede que se continue, com empenho, a procura da unidade plena entre os cristãos.