a família é fundamental ao longo de toda a vida de um missionário. a relação com os pais, irmãos e até com a comunidade de origem tem de ser «cultivada», afirma João Nascimento
a família é fundamental ao longo de toda a vida de um missionário. a relação com os pais, irmãos e até com a comunidade de origem tem de ser «cultivada», afirma João NascimentoPara o missionário da Consolata, natural de Chaves, a família é prioritária: Se nós não gostarmos da nossa família, à qual pertencemos, dificilmente vamos poder gostar de alguém. É uma plataforma, para tudo o que se faz, diz. Nunca me senti missionário sozinho. Sempre procurei envolver a minha família e eles também sempre sentiram a alegria e gosto em participar. Há que saber cultivar a relação com a mesma, durante as passagens pelo país natal, neste caso Portugal, e através da correspondência. É importante manter contacto, com alguma frequência, embora nem sempre seja possível, lembra.
Tomou a decisão de seguir o caminho do sacerdócio aos 18 anos.comuniquei-a [decisão] de uma forma quase inesperada, mas acolheram-na e aceitaram-na, sobretudo os meus pais. Não houve resistência. João Nascimento foi criado no seio de uma família católica, que manteve sempre proximidade com a Igreja. Contudo, não havia nenhum padre na família e o ambiente social também não era muito favorável ao surgimento de vocações religiosas. Mas, explica: Eu sempre dei muita importância às minhas próprias convicções.
Nos locais onde trabalhou, tentou sempre encontrar uma segunda família. Nos lugares por onde eu vou passando, independentemente de ser África ou Europa, onde quer que seja, procuro encontrar aí uma plataforma. alguém que possa dar mas também receber. Podemos colaborar e enriquecer imenso as comunidades locais, afirma. Se não for assim nós também não crescemos e não nos renovamos.