Estados, organizações e sociedade civil devem agir em defesa da saúde materna e infantil. as complicações na gravidez podem prevenir-se mas milhares continuam a morrer
Estados, organizações e sociedade civil devem agir em defesa da saúde materna e infantil. as complicações na gravidez podem prevenir-se mas milhares continuam a morrerSe a comunidade internacional deseja reduzir eficazmente o trágico índice de mortalidade materna, não é preciso falar somente de respeito e promoção do direito à saúde e acesso aos remédios. Mas, é preciso também colocá-los em prática, por parte dos Estados, das organizações não governamentais e pela sociedade civil, afirmou o representante da Santa Sé, nas Nações Unidas, citado pela agência Fides.
Silvano M. Tomasi apontou algumas iniciativas que poderiam melhorar a situação das mães no mundo. Uma renda per capita mais elevada, uma educação superior, uma melhorada assistência médica, higiene nos serviços, e a idade mínima de 18 anos para o matrimónio são algumas de entre elas. Em África, é muito importante que as mulheres seropositivas tenham acesso a medicamentos antiretrovirais.
O arcebispo lembrou os números chocantes da mortalidade materna: 350 mil casos por ano. a mortalidade infantil e a saúde materna são dois dos oito Objectivos de Desenvolvimento do Milénio. Para muitas mulheres dos países em desenvolvimento, a alegria da maternidade acaba ofuscada pelos perigos da mesma. No entanto, as complicações relacionadas com a gravidez podem ser facilmente prevenidas ou tratadas.
Os números não enganam: adisparidade entre o mundo rico e o mundo pobre é enorme. Uma criança de um país em desenvolvimento tem 13 vezes mais probabilidade de morrer antes dos 5 anos de idade, do que uma criança que nasça num país industrializado. 99% das mortes das crianças com cinco anos ocorre em países de baixo ou médio rendimento.