Um sinal de esperança para muitos alunos haitianos, mas também um momento que traz duras lembranças a alguns petizes. é necessário vencer os traumas
Um sinal de esperança para muitos alunos haitianos, mas também um momento que traz duras lembranças a alguns petizes. é necessário vencer os traumasEm Port-au-Prince, capital do Haiti, algumas escolas conseguem finalmente reabrir após três meses de interrupção das aulas. Trata-se de um reduzido número de estabelecimentos de ensino; grande parte foram destruídos pelo terramoto, revela a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO). a escola mista de Thérése-Rouchon, em Turgeau, é uma das poucas que voltou a abrir as portas. Nos próximos dias será limpa e, brevemente, serão reiniciadas as aulas. Dentro das salas, ainda se consegue identificar o material da última aula dada no fatídico dia 12 de Janeiro.
Voltar a estudar é dar um passo em frente, mas também é reviver toda a tragédia e sentir de novo o medo de ver as paredes a cair. Os alunos tiveram reacções diferentes. alguns choravam e não queriam entrar porque tinham medo de morrer, explica o director de uma das escolas. Enquanto assistiam ao içar da bandeira, muitos choravam, talvez pela morte de algum familiar, conta. É muito duro tanto para os alunos como para os professores.
No primeiro dia, deu-se espaço a actividades lúdicas como o canto e dança. Há uma preocupação com o bem-estar das crianças. Estas são incentivadas a falar no dia do terramoto para que possam ultrapassar os traumas e perder o medo. O ministério da educação haitiano e a UNESCO unem esforços para readaptar o programa escolar à situação. O sismo destruiu o edifício do ministério da educação, e 4 mil escolas (perto de 80 por cento).