O calor apertava. a procissão estendeu-se ao longo de um quilómetro de estrada. O som dos tambores irrompeu pela paisagem e propagou-se pelas picadas
O calor apertava. a procissão estendeu-se ao longo de um quilómetro de estrada. O som dos tambores irrompeu pela paisagem e propagou-se pelas picadas a celebração de Domingo de Ramos decorreu em ambiente de festa no Guiúa e numa das suas comunidades, Nhaduga. Muita participação e muita ordem neste início das celebrações da Semana Santa a revelarem uma comunidade bem viva. Na comunidade de Nhaduga, a bênção dos Ramos fez-se a cerca de um quilómetro da capela, sob um grande cajueiro. À sua volta, reuniu-se toda a comunidade, adultos e crianças, segurando e agitando os seus ramos, em sinal de alegria. Daqui seguiu uma procissão ao longo da estrada, acompanhando os passos pelo vibrar dos ramos e os cânticos de “Hossana”. O dia estoirava de calor e a capela estava superlotada. a celebração bem organizada foi animada com os batuques que se voltaram a fazer ouvir depois de um prolongado silêncio quaresmal, Os sons dos tambores irromperam pela paisagem e propagaram-se pelas picadas. É a festa da entrada triunfal de Cristo em Jerusalém, o Rei dos Reis. Terminadas as cerimónias, os batuques calaram-se. Só voltarão a ouvir-se na vigília pascal, aquando da proclamação do aleluia que anuncia a vitória de Cristo sobre a morte com a sua Ressurreição. No Guiúa, Inhambane, e em todo o mundo cristão, entramos na Semana Santa, coração do ano litúrgico, epicentro do mistério cristão.