Muito vulgar e pouco caro, o antibiótico reduz de forma significativa a mortalidade em África entre os doentes infectados com o ví­rus da SIDa
Muito vulgar e pouco caro, o antibiótico reduz de forma significativa a mortalidade em África entre os doentes infectados com o ví­rus da SIDaUm estudo realizado no Uganda e no Zimbabué revelou que o uso do cotrimoxazole, usado em medicamentos como o Bactrim, Eusaprim e Septrim, deu resultados satisfatórios. Foram testadas 3. 179 pessoas, cujo sistema imunitário se encontrava gravemente afectado e o número de células imunitárias CD4 no sangue estava abaixo de 200 por microlitro. O perigo de morte nos três primeiros meses diminuiu 59 por cento entre os que estavam a ser tratados com cotrimoxazole e terapia anti-VIH (vírus da SIDa), relativamente aos que não tomavam o antibiótico.
a redução do risco de morte manteve-se até à 72. a semana (44 por cento). a partir dessa altura, a diminuição era de 35 por cento no seu conjunto. a cotrimoxazole também reduziu a incidência do paludismo (malária) em 26 por cento. Os benefícios no que respeita à mortalidade, com poucos efeitos secundários indesejáveis, associados ao baixo custo e à facilidade de administração do cotrimoxazole, sugerem que os médicos devem prescrevê-lo, em África, aos adultos que iniciam um tratamento anti-VIH, de acordo com os autores do artigo publicado na revista médica britânica, The Lancet. Sem o antibiótico, a mortalidade dos africanos com SID a aumentou 26 por cento, sobretudo nos três a seis primeiros meses, afirmam os autores do estudo.
Os seropositivos ou doentes com SID a na África subsaariana são 22,4 milhões de pessoas, dois terços do total em todo o mundo (33,4 milhões). Estes números referem-se a 2008 e foram publicados pela ONUSIDa, em Novembro passado.