antónio Fernandes fala sobre os problemas urbanos e sociais que se verificam na américa. Questões complexas em que o cidadão tem um papel determinante
antónio Fernandes fala sobre os problemas urbanos e sociais que se verificam na américa. Questões complexas em que o cidadão tem um papel determinanteQuem entra nas macro cidades do continente [americano] e faz a experiência do quotidiano se depara com o caos: o transporte é caótico, a luta para encontrar e manter o trabalho é fastidiosa, muitos serviços públicos são de má qualidade e sobretudo, o crescimento urbano é anárquico, constata antónio Fernandes. O conselheiro geral do Instituto para o continente americano fala numa desordem crónica que a maioria das pessoas enfrentam nas diversas dimensões da sua vida. aumentam os sistemas privados de segurança e a procura de pequenos guetos para cultivar as relações e conseguir a superação pessoal sem o mínimo de respostas.
antónio Fernandes refere a existência de um caos generalizado: na política, no trabalho, na saúde, no sector social e habitacional. Este quadro desordenado afecta o mundo simbólico, cultural e religioso e oferece uma pluralidade de sentidos à vida, ao qual devemos prestar muita atenção. as respostas devem abranger uma infinidade de situações que o ser humano vive nas grandes cidades do continente. O problema não é de fácil resolução do ponto de vista político, social, económico e cultural. Necessita de uma nova visão do ser humano, das suas relações com o cosmos, casa de Deus, e uma maior participação dos cidadãos na construção das políticas públicas, em relação à educação, saúde, ordenamento social e habitacional, considera. O conselheiro geral refere ainda a importância de uma nova visão das áreas rurais e de políticas que permitam o retorno ao campo.
De um ponto vista evangélico, a resposta passa por um conceito importante: a globalização da solidariedade. a missão da Igreja se situa nesta fronteira do social, cultural e religioso. ao estilo de Jesus que se faz pobre com os pobres, para enfrentar as injustiças e todas as exclusões de que é vitima o ser humano e provocam um caos social, religioso, económico e cultural, explica o missionário da Consolata. a Igreja missionária deve situar-se, obrigatoriamente, nesta fronteira e ser sinal de fraternidade e solidariedade, conclui.