O observador Permanente da Santa Sé nas Nações Unidas recordou o grande número de pessoas a viver sem liberdade religiosa e condenou a passividade dos governos
O observador Permanente da Santa Sé nas Nações Unidas recordou o grande número de pessoas a viver sem liberdade religiosa e condenou a passividade dos governosCerca de 70 por cento da população mundial vive em países que não garantem a liberdade deculto. as minorias são as mais afectadas. Em algumas zonas do globo, seguidores das religiões de minoria, que não são reconhecidas pela lei, devem professar a sua fé na clandestinidade e na ilegalidade, com o medo de penas e perseguições. Noutras, onde a liberdade religiosa é legalmente reconhecida, são ameaçadas pelos grupos maioritários. as suas propriedades são danificadas, os seus lugares de culto destruídos, as suas vidas seriamente ameaçadas, denunciou Silvano Tomasi, segundo a agência missionária, Fides.
Estes crimes ocorrem num cenário de total impunidade, que incentiva a ocorrência de mais violência. as autoridades não actuam ou acabam por tomar partido. as vítimas desistem de apresentar queixa com medo de represálias. Já, os autores dos crimes sentem-se encorajados pela injustiça silenciosa das autoridades do Estado e por um sistema judiciário ineficaz ou parcial, afirmou. O representante da Santa Sé exortou os Estados a promoverem o respeito pela liberdade religiosa através da sua legislação e aplicar sanções a quem a violar. O Estado tem o dever de proteger os direitos humanos fundamentais dos cidadãos – lembrou. Enquanto isso não acontecer, as perseguições a minorias religiosas continuarão a ocorrer.