Em causa está o registo da história de um ou vários países. Momentos históricos e únicos da cultura de um povo que apenas ficaram registados pelas rádios e televisões
Em causa está o registo da história de um ou vários países. Momentos históricos e únicos da cultura de um povo que apenas ficaram registados pelas rádios e televisõesOs nossos arquivos são uma mina de ouro. Temos que agir, agora a qualquer custo, senão vamos perder tudo, atesta Faustin Muley. O chefe do sector informático da Rádio e Televisão Nacional Congolesa mostra assim a sua preocupação perante a possibilidade de perder um importante espólio audiovisual. Em África, os arquivos das televisões e rádios, sons e vídeos dos últimos decénios, degradam-se lentamente. Trata-se de um património importante; alguns já não se podem recuperar. a falta de segurança em relação aos arquivos não ajuda. Em algumas estações de rádio e televisão africanas não existem cópias dos originais, aos quais nem sempre se tem acesso. Porém, alguns países já estão a reagir, avança a agência de notícias SYFIa.
O material informático já é mais barato e mais desenvolvido. Desde 2004, o Conselho Nacional das Rádios e Televisão de expressão francesa instalou um mecanismo para a numeração das peças audiovisuais e conta com pessoal formado para a manutenção deste instrumento. O objectivo estabelecido é arquivar cinco horas de emissão por dia. as mentalidades mudaram e a atitude em relação aos arquivos já é outra. Dantes colocar uma pessoa nos arquivos era tido como uma punição, mas as pessoas começam a tomar consciência da importância deste trabalho, explica a responsável pela biblioteca da rádio nacional do Burkina Faso. Do lado do público também há mais interesse. as pessoas estão ávidas de história, constata o director de programas da Télé Congo.