a segurança alimentar esteve no centro do debate do X Fórum de Bamako. Importar não é solução, pede-se mais atenção à produção agrí­cola, no continente africano
a segurança alimentar esteve no centro do debate do X Fórum de Bamako. Importar não é solução, pede-se mais atenção à produção agrí­cola, no continente africanoVárias centenas de peritos, investigadores e membros de organizações internacionais estiveram presentes na iniciativa, promovida pelo Instituto dos Estudos Superiores do Mali, que decorreu na passada semana. alertaram para os dados da fome no mundo. Há mais de um bilhão de pessoas malnutridas; cerca de um quarto são africanas. Se, há cerca de meio século, o continente foi um grande exportador de produtos agrícolas, hoje, vê-se na obrigação de importar um terço dos bens alimentares. O evento enfatizou esse ponto: a importação não resolve a situação, apenas remedeia. É necessário investir, sim, no desenvolvimento da agricultura para que África consiga a auto-suficiência alimentar.
Se segurança alimentar significa preocupar-se com a cobertura quantitativa das necessidades da população, auto-suficiência alimentar quer dizer conceder mais importância às condições sociais e ambientais da produção agrícola, sem ceder à lógica económica e libertista, reafirmou o coordenador da Conferência dos ministros da agricultura da África Ocidental e Central. Baba Dioum, citado pela Rádio Vaticano, encara este último conceito como um desafio que deve tornar-se assento de um novo pacto social fundado na solidariedade e na justiça.