O aCNUR está preocupado com refugiados somalis a viver em condições precárias. Fogem das violências do seu país mas acabam a viver nas ruas de BudapesteO aCNUR está preocupado com refugiados somalis a viver em condições precárias. Fogem das violências do seu país mas acabam a viver nas ruas de BudapesteRefugiados somalis enfrentam o inverno rigoroso de Budapeste, capital da Hungria, sem qualquer tipo de apoio. O alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (aCNUR) encontrou um desses deslocados africanos e conta a sua experiência. O caminho de Mogadíscio, capital da Somália, até ao continente europeu foi duro para o refugiado, mas foi na Hungria que diz ter vivido os piores dias da sua vida. a insegurança existente no país do corno de África levou-o a procurar asilo na Europa, onde pretendia reunir-se com familiares a viver no Reino Unido.
O jovem obteve estatuto de refugiado na Hungria. autorizado a viajar para outros estados da União Europeia, não entendeu que se tratava apenas de um período provisório de 30 dias. após uma breve estadia na Grã-Bretanha, foi então reenviado para a Hungria, tal como exigem as normas da União Europeia. aí enfrentou muitas dificuldades. O frio rigoroso do inverno, uma delas. Foi-lhe barrada a entrada em refúgios para sem-abrigo, apenas por não estar devidamente identificado. Dormiu dias seguidos na rua, ao relento; queixa-se de ter sido abandonado pelas autoridades.
O representante da delegação do aCNUR, em Budapeste, alerta: O governo deve olhar com atenção paraas deficiências estruturais de um sistema de integração que deixa refugiados em tamanha miséria, sem nenhuma oportunidade efectiva de encontrar um emprego, uma casa ou de viver com dignidade na Hungria. É necessário uma acção imediata, defende Gottfried Kofner. a organização acredita que haja mais de 50 somalis, a viver nessas condições.