indígenas de três continentes felicitam a produção de «avatar». O sucesso da ficção que encheu salas de cinema é mais real do que parece
indígenas de três continentes felicitam a produção de «avatar». O sucesso da ficção que encheu salas de cinema é mais real do que pareceO filme conta o verdadeiro drama das comunidades indígenas de todo o mundo. Os Na’vi d’avatar queixam-se de verem a sua floresta destruída. acontece o mesmo connosco. as empresas que exploram a floresta cortam as nossas árvores, poluem os nossos rios e fazem desaparecer os animais, explica um indígena da ilha de Bornéu, na Ásia. Nós vivemos na floresta. Ela protege-nos e nós protegemo-la.compreendemos as plantas e os animais porque vivemos aqui há muito anos, conta, citado pela Survival, organizaçãoem defesa dos direitos indígenas.
Jumanda Gakelebone, da comunidade Bushmen’ do Bostuana, em África, regozija-se com o sucesso do filme, pois mostra ao mundo a importância da terra para os índios. O meu povo sempre viveu em paz com a floresta. Os nossos antepassados ensinaram-nos a compreender a terra e os animais, explica, Davi Kopenawa Yanomami, líder Yanomami, na amazónia.
Um dos objectivos do filme era precisamente mostrar a importância da relação entre todos os seres humanos e a ligação de cada um ao planeta. O director da Survival lembra o paralelismo entre a história de avatar e os povos indígenas de todo o mundo. O tema central de avatar repete-se constantemente no nosso planeta. Stephen Corry refere-se à importância da terra para as comunidades indígenas e aos interesses económicos sobre os territórios que ocupam e que ameaça a sua sobrevivência.