O futebol africano volta a ser capa de jornais internacionais. a selecção do Togo sofreu um atentado ao chegar a angola, onde decorre a Copa de Nações africanas
O futebol africano volta a ser capa de jornais internacionais. a selecção do Togo sofreu um atentado ao chegar a angola, onde decorre a Copa de Nações africanasNão se trata nem do mundial que os adeptos sul-africanos aguardam ansiosamente, nem dos resultados do campeonato africano a decorrer em Cabinda, província angolana. Fala-se pois do ataque terrorista à selecção togolesa, acabada de chegar à região norte de angola, na fronteira com a República do Congo. Já se conhecem os responsáveis. O atentado foi reclamado pela Frente para a Libertação do Enclave de Cabinda – grupo rebelde em guerra com o governo angolano. as autoridades do país já detiveram dois suspeitos, ainda no local.
O atentado contra a selecção que se começa a afirmar, ocorreu na passada sexta-feira. Os jogadores ainda se encontravam no autocarro, quando vários rebeldes, armados de metralhadoras, começaram a atirar contra o veículo. Contam-se três vítimas mortais: o motorista que teve morte imediata,o treinador-adjunto e o assessor de imprensa da equipe. a segurança ou a falta dela é o assunto do momento.
a selecção regressou ontem ao Togo, apesar de os jogadores insistirem em participar na Copa,em honraaosdois membros falecidos. O primeiro-ministro togolês recusa essa hipótese. a segurança não é negociável, considera Gilbert Houngbo. O campeonato, que decorre até 31 de Janeiro, iniciou-se ontem em clima de luto, num estádio com capacidade para 50 mil pessoas. antes do início do jogo entre angola e Mali, fez-se um minuto de silêncio em memóriaàs vítimas.
O triste episódio lembra uma dasgrandespreocupações para o campeonato do mundo, a decorrer na África do Sul, dentro de alguns meses. O evento desportivo constitui, sem dúvida, uma oportunidade para o país e continente captarem mais atenção internacional e mostrarem o seu valor. Contudo, os altos índices de criminalidade preocupam a Federação Internacional de Futebol (FIFa) e o governo sul-africano. apesar do reforço das medidas de segurança já previsto, a insegurança ainda é muita.