Mulheres congolesas sofrem em silêncio para não serem discriminadas. a paz voltou, mas, a violência mantém-se
Mulheres congolesas sofrem em silêncio para não serem discriminadas. a paz voltou, mas, a violência mantém-seÉ já habitual ouvir-se falar de episódios de violência contras mulheres da República Democrática do Congo. No país em guerra civil, os crimes sexuais são mais uma arma de guerra, no meio de tantas outras. Contudo, na vizinha – República do Congo – a população feminina sofre em silêncio o mesmo género de ataques. a paz voltou desde 2003, mas elas continuam a ser alvo de maus tratos. Em 2008, a aCOLVEF (associação congolesa de defesa das mulheres) registou 310 casos de agressões e 210 até Setembro de 2009.
Não passa um mês sem que uma mulher seja vítima de algum tipo de violência, mas, infelizmente algumas preferem não falar sobre agressões passíveis de sanções para não serem gozadas e rejeitadas [pela sociedade], revela a presidente da aCOLVEF. as agressões sexuais afectam raparigas cada vez mais novas. Já não são só os homens armados ou em uniforme, mas também civis em 65 por cento dos casos, constata Koen Vanormelingen, representante do fundo das Nações Unidas para a Infância. Em muitos casos, as violências físicas são perpetradas por pessoas próximas das vítimas.
É necessário um maior esforço para despertar a consciência de homens e mulheres, para as vantagens do respeito mútuo e igualdade entre os sexos, afirma Nina Kiyindou Yombo, membro do observatório congolês dos direitos humanos. a UNICEF, por sua vez, apela ao fim do silêncio das vítimas e ao fim da cultura de impunidade que incentiva ao crime.