Refugiados angolanos, a viver no Brasil, encontraram na cultura uma forma de sustento. Conservam assim uma ligação ao seu país de origem
Refugiados angolanos, a viver no Brasil, encontraram na cultura uma forma de sustento. Conservam assim uma ligação ao seu país de origemGabriel Indesign é o nome de um evento que promove a divulgação de actividades e mostras de design, arte e cultura, no Brasil. Entre os participantes, encontra-se a banda angolana Tribo Bakongo Kingoma, constituída por um grupo de refugiados do norte de angola. Existe desde 1994 e é hoje muito requisitado. No começo foi difícil conseguir sustentar minha vida aqui, mas aos poucos fomos formando o grupo e hoje fazemos muitas festaspelo Brasil, conta o fundador Bantu Tabasisa.
O angolano, nascido na República Democrática do Congo, é também o fundador do projecto. Este tornou-se o seu sustento no país que o acolheu, Brasil, e permitiu-lhe de reforçar a sua identidade africana. as pessoas estão cada vez maisa deixar as suas raízes de lado, neste mundo moderno. Mas eu sou um conservador, a cultura é parte da história e da identidade de um povo. É a nossa herança para as próximas gerações, admite.
Este tipo de acontecimentos é de grande importância para os refugiados. Favorece a integração dos mesmos no país de origem. Deve-se promover e apoiar actividades culturais, sociais e desportivas, recreativas e comunitárias de refugiados em áreas urbanas, para que possam interagir entre si e com a comunidade local, explica Eva Demant, representante do aCNUR(alto Comissariado das Naçôes Unidas para os Refugiados),no Brasil.
No país, residem 4183 refugiados de 76 países diferentes, reconhecidos oficialmente. a maioria provém do continente africano, em particular de angola. No total, 1688 angolanos fugiram da guerra civil na década de 1990 para se refugiar no Brasil.