a capital francesa foi palco de uma manifestação contra a violência sexual na República Democrática do Congo, este fim de semana.organizações acusam o governo de inacção
a capital francesa foi palco de uma manifestação contra a violência sexual na República Democrática do Congo, este fim de semana.organizações acusam o governo de inacçãoVárias pessoas reuniram-se nas proximidades do Muro dos Direitos Humanos, em Paris, para denunciar as violações contínuas de meninas e mulheres de um país em guerra civil. a nossa acção visa sobretudo sensibilizar a opinião internacional para um flagelo que põe em perigo a dignidade da mulher e da criança congolesa, afirmou Gaspard-Hubert Lonsi Koko, principal organizador da marcha.
Não à Impunidade e à Indiferença lia-se num dos cartazes dos manifestantes. O governo de Kinshasa demitiu-se praticamente face a esta tragédia. a nossa consciência de cidadão obriga-nos a estar aqui hoje para dizer basta, exclama Lonsi Koko, citado pela agência Panapress. Os crimes sexuais são perpetrados por membros do exército ou por rebeldes armados. as violações sistemáticas e múltiplas, em alguns casos, constituem mais uma arma de guerra para as diferentes partes envolvidas no conflito congolês. Por vezes, alimentam a vingança de uma derrota.
a marcha surge no âmbito do dia mundial contra as violências sexuais, celebrado hoje, 23 de Novembro.organizações não governamentais denunciam, com frequência, crimes sexuais na RD Congo. acusam as autoridades congolesas de permanecerem inactivas perante flagrantes violações dos direitos humanos. Grande parte dos responsáveis permanecem impunes o que incentiva o crime. Importa referir que apesar da grande maioria das vítimas serem mulheres, já surgem muitos casos de homens violados. além das sequelas físicas que afectam a saúde das vítimas, há também os traumas que ficam para o resto da vida. Muitos acabam rejeitados pela sociedade e têm dificuldades em reintegrarem-se.